sábado, 5 de novembro de 2011

Poema "Pivete"

 Defendo meu canto
 Teu pranto
 E o espanto ridículo de tantos 
 Por todos os lados
 Os cantos
 As partes

 Parto e absorvo
 O silêncio dos olhos
 Das línguas
 Das poesias cansadas!
 
 Calço a dor
 E percorrendo um chão abstrato
 Descubro o universo em mim.
 
 Sou mais um favelado
 Na era do consumo
 Sem estomago
 Sem trapo
 Sem teto.
 
 Sou mais um pivete de rua
 Sem escola
 Sem infância
 Sem futuro.
 
 Marginalizado por um regime
 Burguês e autoritário.
 
 Sou mais um ser humano
 Resíduos de uma espécie
 Que tinha tudo pra dá certo
 

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