sábado, 3 de dezembro de 2011

Poesia – Testemunho

O que foi trivial agora é raridade.
Falta ânimo, sobram receios.
Há uma crise de voluntariedade.
Acionamos todos os freios.

Pouco se ama.
Muito se cobra.
Há muita cobra.
Resistente à chama. 

Realizar em segredo é bobagem.
Tudo vira publicidade.
Eu levo a tua bagagem.
Depois grito: – Viram? Isto é amar de verdade. 

Labirintos existem aos montes.
Confusões nos assediam.
Derrubaram as pontes.
Que a paz e o sonho percorriam.

O brilho está ofuscado.
Os dias passam, cresce a escuridão.
Nossos pés estão parados.
E não trabalham, as nossas mãos.



Pedro Henrique 

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